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Yule, a festa viking que pode ter inspirado o Natal

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Para os cristãos, Natal celebra o nascimento de Cristo. Mas de onde vêm as tradições praticadas durante esta celebração, que tem uma dimensão global?

O Natal é sem dúvida uma das festas com mais adeptos à escala planetária. Além de suas dimensões cristãs, é marcada por tradições que podem ser diferentes de um país para outro, mas honradas com o objetivo comum de encantar todos os membros da família. Segundo os historiadores, algumas dessas tradições podem ter se originado do festival Viking Yule. É uma festa de inverno, ou mais precisamente uma festa pagã, que os povos germânicos costumavam celebrar.

Desde a cristianização destes e dos seus vizinhos escandinavos, o Yule tem sido associado às celebrações do nascimento de Jesus Cristo nos países nórdicos.

A etimologia da palavra

Yule é um termo em inglês usado para se referir ao solstício de inverno nas regiões germânicas e nórdicas. Nestas partes do Velho Continente, esta palavra designa, portanto, o período do Natal. É o sinônimo de Jol em nórdico antigo, que em si é a origem de Jól em islandês, Jul em dinamarquês, norueguês e sueco, que significam “solstício”.

Embora a origem da palavra em questão ainda seja objeto de grande debate, com alguns considerando-a ligada à roda (hjul em sueco, hjól em islandês, wheel em inglês), a maioria dos historiadores concorda que está associada ao inverno. De fato, teria surgido pela primeira vez por volta do ano 900. Alguns lexicógrafos também o associam à palavra francesa “jolie”.

O mito por trás da tradição

Além disso, Yule tem sido associado à comemoração da morte do Rei Holly que foi morto por seu sucessor, o Rei Carvalho, ambos sendo deuses das árvores. Hoje em dia, a coroa de visco é um dos acessórios visíveis durante a celebração do Natal.

Nas mitologias germânicas e escandinavas, Yule é a época do ano em que Heimdall (de seu trono no Pólo Norte), na companhia dos Æesir, retorna para visitar sua prole. Assim, recompensam aqueles que se comportaram bem durante o ano. Os mais sábios recebem uma meia cheia de presentes, enquanto os safados têm direito a uma meia cheia de cinzas. Gestos que nos lembram a história do Papai Noel!

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