Você terá que ser seriamente cauteloso com seu futuro robô sexual

Nick Pattersonum especialista em segurança cibernética que trabalha para a Universidade Deakin na Austrália está convencido de que os robôs sexuais podem eventualmente representar uma ameaça direta para seus usuários por causa de sua conectividade… assim como qualquer dispositivo conectado.
Provavelmente não passará despercebido, mas o mercado do sexo e a robótica estão cada vez mais ligados.
Atores posicionados no setor de entretenimento adulto, de fato, investiram fortemente neste setor de atividade nos últimos anos para produzir bonecas sexuais mais realistas e – acima de tudo – mais inteligentes.
Robôs sexuais não são mais uma fantasia
Matt McMullen foi um dos primeiros a trabalhar nesses produtos e os múltiplos investimentos feitos por ele acabaram sendo recompensados. O homem de fato apresentou no ano passado o Harmony 2.0, um boneco inteligente entregue com dezoito personalidades diferentes.
No entanto, ele não é o único a trabalhar em tal produto. De fato, Sergi Santos foi muito falado no ano passado com Samantha, uma boneca capaz de “sentir” as carícias de seu usuário para lhe dar uma resposta adequada.
Oprimido pela demanda, o desenvolvedor de Barcelona está planejando lançar a produção em massa nos próximos meses.
É claro que esses produtos também levantam muitas questões éticas e muitos especialistas estão preocupados com o impacto emocional e psicológico desses produtos. Noel Sharkey, especialista em inteligência artificial, deu o alarme no verão passado.
Produtos cada vez mais conectados… e cada vez mais vulneráveis
No entanto, o aspecto de segurança também não deve ser minimizado.
De acordo com Nick Patterson, especialista em segurança cibernética que trabalha para uma universidade australiana, esses produtos podem de fato representar uma ameaça à nossa própria segurança a longo prazo.
O homem espera que os robôs sexuais sejam cada vez mais autônomos, é claro, mas também cada vez mais conectados. Como resultado, esses produtos também estarão cada vez mais vulneráveis a ataques remotos orquestrados por hackers e isso é um fato real devido à sua natureza. Ao contrário de um computador ou mesmo de uma câmera conectada, os robôs sexuais de amanhã serão capazes de mover e até mesmo agarrar objetos que podem representar uma ameaça direta à integridade física de seus usuários.
Lembre-se, Asimov já havia pressentido a coisa vindo na década de 1940.