Um templo de 3.000 anos foi descoberto no Peru

Algumas semanas atrás, uma equipe liderada pelo renomado arqueólogo Walter Alva descobriu um templo de 3.000 anos no Peru. 21 sepulturas também foram encontradas perto do monumento, na Huaca (santuário) El Toro, em Oyotún, distrito da região de Lambayeque, 800 km ao norte de Lima. Com base nas pistas que eles coletaram lá, os cientistas acreditam que o antigo edifício foi dedicado a rituais pagãos de adoração à água.

Para evitar que saqueadores apreendam os artefatos que foram mantidos no local por 3 milênios, a descoberta só foi anunciada na semana passada. Walter Alva apresentou a descoberta do templo de 40 metros de comprimento e 56 metros de largura em um vídeo postado no Facebook.

Escavações no deserto

A sequência, que dura 20 minutos, foi divulgada pela mídia peruana La Republica Norte.

“Esta descoberta é única porque é a única arquitetura megalítica em Lambayeque”, destacou o arqueólogo.

Um altar e salas relacionadas a rituais

Walter Alva observou que a estrutura antiga, que ainda apresenta os restos de grandes blocos de pedra, é cercada por muros impressionantes. Uma escadaria central de 10 metros de largura e 15 metros de comprimento leva a uma praça com um altar. Os arqueólogos acreditam que este local foi destinado à realização de oferendas de adoração da água.

Encontraram uma espécie de coluna circular na qual desenterraram vestígios de sedimentação das chuvas e dos rituais. Também colocaram as mãos em peças de cerâmica e objetos de metal, como tupus (facas) e anéis de cobre de uma criança.

Um lugar estritamente cerimonial

“É um monumento megalítico. Não há outros deste tipo na região. Isso nos diz muito sobre a relação entre o litoral e a serra, bem como o culto da água e da fertilidade”, explicou Walter Alva. Ele acha que este lugar era estritamente cerimonial. Ele observou que a água era uma divindade para esta civilização.

20 dos 21 enterros descobertos perto do templo datam do período de formação da América (1500 aC a 292 dC). Eles teriam pertencido à cultura Chimu (séculos XII a XIV). A presença destes túmulos junto ao templo indicaria que o local foi ocupado por esta civilização pré-colombiana.

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