Titanosaurus, descoberta de uma nova espécie na Tanzânia

O anúncio foi feito há algumas semanas no Journal of Vertebrate Paleontology. Uma nova espécie de titanossauro foi de fato descoberta na Tanzânia. Este é o Shingopana Songwensis. Esta incrível descoberta é o culminar de vários anos de pesquisa liderada por paleontólogos da Universidade de Ohio e financiada principalmente pela National Science Foundation (NSF).

Os primeiros ossos foram descobertos em 2002 como parte do Rukwa Rift Basin Project. Outras partes do esqueleto foram gradualmente encontradas no sudoeste da Tanzânia, mais precisamente no Songwe do Grande Vale do Rift. Os pesquisadores conseguiram encontrar um pescoço, algumas vértebras, costelas, um úmero e parte da mandíbula inferior.

A descoberta desta nova espécie de titanossauro desafia todas as suposições paleontológicas sobre o período Cretáceo.

A peculiaridade de Shingopana Songwensis

O Shingopana Songwensis destaca-se sobretudo pelo seu pescoço comprido. Esta é também a razão pela qual os pesquisadores o chamaram de “Shingopana”, que significa literalmente “pescoço largo” na língua suaíli. Embora não seja um dos maiores dinossauros já registrados, seu peso ainda é bastante impressionante. O Shingopana pesa cerca de cinco toneladas por quatro metros de altura.

Análises filogenéticas determinaram que o Shingopana Songwensis teria vivido de 70 a 100 milhões de anos atrás. Ao comparar a evolução do Shingopana Songwensis com outras espécies já conhecidas, os pesquisadores também descobriram que essa nova espécie estaria mais próxima dos titanossauros sul-americanos do que os do norte da África.

Uma descoberta surpreendente

Judy Sko, diretora do programa da Divisão de Ciências da Terra da NSF, disse que a fauna do norte e do sul da África era diferente no período Cretáceo. Essa divergência resultaria principalmente da diferença das condições ambientais da época.

Toda essa pesquisa tende a afirmar que Shingopana teria irmãos e irmãs na América do Sul, mas que os titanossauros africanos já encontrados seriam apenas primos distantes. Os animais do sul da África teriam se isolado como resultado das placas tectônicas e da deriva continental.

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