Segundo cientistas, o gosto da civilização maia pelo milho teria levado à sua queda

Em seu tempo, a civilização maia foi uma das mais prósperas que o mundo já conheceu. Ela também nos deixou os vestígios de uma história controversa que terminou em um declínio proporcional à sua ascensão.

O enigma de declínio desta civilização O período pré-colombiano, que tomou conta de grande parte do Novo Mundo entre 2600 aC e 1520 dC, sempre foi uma pergunta que os cientistas quiseram responder. Claro, tem havido toda uma série de teorias que foram lançadas sobre isso.

Desta vez, uma equipe de cientistas da Universidade de Chicago sugere que seria o lugar que o milho ocupou na civilização maia que seria a causa de seu declínio. Acham que em um contexto marcado pela seca e pelo forte aumento populacional, o sistema social e a agricultura maia, centrados no milho, não os ajudaram a sobreviver.

A culpa é de uma preferência por milho

De acordo com as conclusões do estudo realizado pela equipe de Claire Ebert, que também foi publicado na revista online Antropologia atualas elites maias da comunidade Cahal Pech em Belize pressionaram o povo a intensificar e dedicar-se à agricultura baseada principalmente no milho.

Posto isto, sendo esta espécie altamente dependente da água, o sistema cultural e depois o sistema social dos maias viram-se afectados quando chegaram os períodos de seca (entre 300 e 100 aC).

Como resultado, todo o sistema maia, apesar de sua complexidade, não foi resiliente o suficiente para lidar com o aumento da população e a crescente demanda por alimentos que o acompanha. Que no final teria jogado contra a comunidade maia de Cahal Pech.

Uma lição do passado que devemos lembrar

Segundo o Dr. Ebert: “Compreender os fatores que promoveram a resiliência no passado pode ajudar a mitigar o risco de mudanças repentinas e dramáticas semelhantes em nosso mundo moderno cada vez mais interconectado”.

De fato, diante das mudanças climáticas e dos riscos que corremos, “a importância da alimentação na resiliência e declínio das sociedades antigas” permite-nos compreender melhor a vulnerabilidade dos nossos sistemas, mesmo ao nível dos países industrializados.

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