Rússia quer enviar dois robôs humanóides para a Estação Espacial Internacional

De acordo com o que o site RIA Novosti informou, citando “uma fonte anônima dentro da indústria de foguetes e espaço”, a Rússia está se preparando para enviar dois robôs ao espaço. Estes seriam os ciborgues do programa FEDOR (Final Experimental Demonstration Object Research). A ideia é confiar a eles o trabalho mais perigoso e, assim, reduzir os riscos incorridos pela tripulação humana.
Seguindo a iniciativa do Ministério de Situações de Emergência da Rússia, a Fundação para Projetos de Pesquisa Avançada trabalha nesses robôs desde 2014. A priori, esses humanóides foram destinados a realizar missões de resgate. Nos últimos meses, as pesquisas sobre o desenvolvimento desses robôs de resgate evoluíram consideravelmente.
De acordo com o relatório da RIA Novosti, os dois humanóides FEDOR serão implantados no espaço em agosto de 2019.
O medo de um robô assassino autônomo
Esses robôs aprenderam novas habilidades como dirigir, fazer flexões e levantar pesos. Aparentemente, eles também podem ser eficazes na exploração e colonização da Lua.
O humanóide é dotado de uma Inteligência Artificial que lhe permite realizar muitas tarefas específicas. O robô possui uma combinação de sensores graças aos quais pode imitar em tempo real os movimentos do astronauta humano que o controla. Ele seria capaz de usar armas letais. Ainda mais, equipado com câmeras HD, também poderia intervir no vácuo do espaço.
“O robô na plataforma FEDOR mostrou sua capacidade de atirar com as duas mãos. Atualmente, estamos trabalhando em seus algoritmos de habilidade motora e decisão”, disse Dmitry Rogozin no Twitter.
Para aliviar as preocupações, Rogozin enfatizou que o governo não está criando um robô assassino autônomo. “Não estamos criando um Exterminador do Futuro, mas uma inteligência artificial que terá grande significado prático em vários campos”, disse o vice-primeiro-ministro russo.
O novo membro da tripulação da ISS é um robô
A ideia de implantar humanóides em contextos delicados ou arriscados, como em certas missões espaciais, não é nova. NASA, MIT, Agência Espacial Européia (ESA) e cientistas japoneses estão atualmente explorando novas alternativas para esta área de aplicação.
Em 8 de junho, Cimon (Crew Interactive MObile companioN) acaba de se juntar à tripulação da ISS. Projetado pela Airbus e pela IBM, este “cérebro voador” do tamanho de uma bola de basquete é o assistente pessoal do geofísico alemão Alexander Gerst.
“Os pesquisadores espaciais planejam usá-lo para estudar os efeitos do grupo que podem desenvolver […] em missões de longa duração para a Lua ou para Marte”, explicou a Airbus.