Rolls Royce quer produzir reatores nucleares em miniatura até 2029

Rolls Royce, a montadora, planeja produzir vários mini-reatores nucleares. O projeto consiste na construção de 10 a 15 pequenos reatores modulares ou SRMs para “Pequeno Reator Modular”. Eventualmente, esses dispositivos seriam destinados a fornecer energia elétrica ao Reino Unido.
A empresa pretende adotar certas estratégias para reduzir ao mínimo os custos de produção e instalação.

A indústria considera que o SRM deve ser capaz de competir com outras fontes de energia renovável, como a eólica offshore. Essa tecnologia deve ajudar o país a cumprir seus compromissos no combate às mudanças climáticas. De fato, a produção de eletricidade deve ser livre de carbono dentro de uma década.
Os engenheiros da empresa planejam instalar os minirreatores até 2029. Os dispositivos devem entrar em operação em 2030. No entanto, a escolha da alternativa gerou polêmica.
Reatores produzidos em massa entregues por caminhão
Cada SRM tem aproximadamente 1,5 hectares e deve ser mantido dentro de um espaço de 10 hectares. A empresa acredita que fabricar mais reatores pequenos deve reduzir significativamente os custos de produção e instalação. Eles seriam produzidos em massa e entregues por caminhão, antes de serem montados nos locais de destino.
Além disso, graças a esse processo inovador, cada cidade teoricamente poderia ter seu próprio reator. A Rolls Royce planeja instalar os dispositivos em antigas instalações nucleares em Cumbria ou no País de Gales. Isso evitaria o risco de ataques terroristas.
Métodos avançados de soldagem digital e montagem robótica
“O truque é ter peças pré-fabricadas onde usamos métodos avançados de soldagem digital e montagem robótica, então as peças são enviadas para o local e aparafusadas”disse Paul Stein, diretor de tecnologia da empresa.
No entanto, Paul Dorfman, da University College London, discorda. “Falhas na linha de produção podem levar a defeitos genéricos que se propagam por toda uma frota de reatores e são caros para reparar”, ele disse. Acrescentou que está “mais econômico construir uma unidade de 1,2 GW do que uma dúzia de unidades de 100 MW”.
Atualmente, os ambientalistas estão engajados em um debate. Por um lado, há quem pense que a energia nuclear é perigosa e muito cara. Por outro, há aqueles que estão convencidos de que é necessário atingir zero emissões líquidas até 2050.