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Quênia: uma enorme rachadura apareceu perto de Nairobi

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No Quênia, a estrada Mai Mahiu-Narok que liga o oeste do país à capital Nairobi desabou sobre si mesma. Por um bom motivo, uma rachadura de tamanho gigantesco apareceu recentemente e destruiu muitos edifícios em seu caminho. De acordo com o geólogo David Adede, essa fissura já teria sido coberta com cinzas vulcânicas do Monte Longonot, nas proximidades.

Essa formação só ficou realmente exposta após a passagem das chuvas torrenciais do mês passado. Localizada na linha de falha da fissura, a casa de Eliud Njoroge não foi poupada. Ela desmoronou na abertura no minuto em que o homem saiu correndo. Ele não foi o único, as vítimas foram numerosas.

África

O reaparecimento desta formação surpreendeu a todos. Tem quinze metros de profundidade e mais de sessenta metros de diâmetro em alguns lugares.

O continente africano divide-se em dois

O período chuvoso do mês passado não foi a principal causa do reaparecimento do crack. De fato, a formação estava sempre evoluindo. “Estamos vendo uma fissura que provavelmente se formou ao longo de milhares de anos ou centenas de milhares de anos”, disse Ben Andrews, geólogo do Smithsonian.

A África compreende duas placas tectônicas: a placa núbia e a placa somali que são delimitadas pelo Golfo de Aden no norte até Durban no sul. As duas placas seguem uma taxa de separação estimada em mais ou menos 2,5 cm por ano. Para Ben Andrews, o movimento dessas duas placas foi a causa geral da fissura queniana.

Para as autoridades de transporte no Quênia, a falha é resultado da falta de infraestrutura. Enquanto a instalação de uma linha férrea representa uma solução de transporte ideal na região, a instabilidade do solo complica muito as coisas.

Uma zona de risco

A enorme lacuna que foi exposta recentemente no Quênia vem da fenda da África Oriental. Também chamado de “Grande Vale do Rift”, é uma série de falhas que se estendem por aproximadamente seis mil quilômetros de extensão do Oriente Próximo à África do Sul, passando pelo Mar Vermelho e pelos Grandes Lagos do continente africano.

Lucia Perez Diaz, da Universidade de Londres, especificou que o ritmo de separação das duas placas é irregular. No entanto, estudos mostraram que a região seria a primeira a sofrer a separação do continente africano.

De acordo com fontes locais no Quênia, a rachadura que envolveu a estrada foi recentemente reforçada com pedras e concreto para reutilização.

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