Por corridas não oficiais de Mario Kart, uma empresa condenada a pagar mais de 400.000 euros à Nintendo

Por ter organizado corridas de Mario Kart na via pública sem autorização nintendoa empresa de karting Mari Mobility Development Inc foi condenada a pagar mais de 400.000 euros à empresa japonesa pela violação de propriedade intelectual.
A iniciativa foi definitivamente divertida: reproduzir mais ou menos, em realidade palpável, as corridas jogáveis na franquia Mario Kart. A empresa de karting Mari Mobility Development Inc tinha assim embarcado nesta empreitada, e muito mal.

A VGC lembra que, em 2018, o Tribunal Distrital de Tóquio no Japão condenou a Mari Mobility a pagar 10 milhões de ienes (aproximadamente 83.000 euros) à Nintendo por ter organizado corridas de kart em vias públicas ao assumir as ilustrações caras ao pequeno artesão.
Já condenada contra Nintendo, empresa de kart terá que pagar quantia 5 vezes maior
Na quarta-feira, 29 de janeiro, o Tribunal Superior de Propriedade Intelectual reexaminou os autos e multiplicou por cinco o valor da indenização inicialmente pronunciada. A Mari Mobility Development Inc terá, portanto, que pagar 50 milhões de ienes (mais ou menos 416.000 euros) à Nintendo.
O juiz Yoshiyuki Mori descobriu que a empresa incriminada havia usado intencionalmente a licença da Nintendo para atrair clientes, principalmente turistas. A Mari Mobility também terá que resolver não mais usar em seus veículos e materiais promocionais “Maricar” e todos os termos e visuais relacionados à franquia Mario Kart.
Após a decisão do tribunal, a Nintendo disse que a luta continua para fazer valer seus direitos de propriedade intelectual. Um pouco no início do ano, a gigante japonesa havia vencido uma ação judicial que a opunha, desde 2013, à empresa iLife. Este último alegou que a tecnologia usada nos Wiimotes violou seis de suas patentes.
Em 2016, cinco de suas patentes foram invalidadas e a Nintendo foi condenada no ano seguinte a pagar à empresa demandante US$ 10,1 milhões. A empresa de cogumelos havia apelado desse veredicto, argumentando que a tecnologia coberta pela patente da iLife era ampla demais para incriminar aquela usada em seus controladores de detecção de movimento.