Os EUA proíbem qualquer investimento americano na DJI

A fabricante chinesa de drones está entre as oito empresas chinesas que o governo colocou em sua lista negra para investidores dos EUA. Este último não poderá mais investir nas ações de uma dessas empresas até novo aviso. Esta decisão de acordo com o Financial Times é a resposta da representação americana a certas ações do Reino do Meio. Diz-se que as empresas presas estão envolvidas na vigilância de muçulmanos uigures.


Crédito – DJI Air 2S

Isso levou o governo dos EUA a colocar seu nome na lista do Departamento do Tesouro de “empresas do complexo militar-industrial chinês”.

Medidas que atuam como sanções dirigidas contra Pequim

Desde terça-feira, vários gigantes de tecnologia chineses não poderão mais atrair investidores chineses. Além da famosa fabricante de drones DJI, a decisão também teve como alvo gigantes chineses de reconhecimento facial. Isso inclui SenseTime, Tecnologia CloudWalk e Megvii. A primeira empresa teve que adiar completamente seu IPO por causa dessa decisão.

Ainda de acordo com a informação, a estas três empresas juntar-se-ão a Xiamen Meiya Pico, Dawning Information Industry, Yitu Technology, Leon Technology e NetPosa Technologies. A Xiamen Meiya Pico é uma empresa de segurança cibernética, enquanto a Dawning Information Industry é uma fabricante de supercomputadores.

A Yitu Technology é especializada em inteligência artificial, enquanto a NetPosa e a Leon Technology são grandes nomes chineses em computação em nuvem.

Essas medidas são uma forma de o presidente Joe Biden e suas equipes baterem os punhos na mesa em relação à situação dos uigures. O objetivo é, portanto, sancionar a China para fazê-la reconsiderar sua posição em relação às minorias étnicas encontradas na região de Xinjiang.

Também não é à toa que a medida se dirige prioritariamente às empresas que operam nesta região. Os americanos não pretendem parar por aí. No início desta semana, a Câmara e o Senado dos EUA aprovaram um projeto de lei que proíbe as importações de Xinjiang.

Para escapar, as empresas que atuam na região precisam provar que suas produções não são fruto do trabalho forçado imposto a minorias.

DJI mais uma vez na mira das autoridades americanas

Esta não é a primeira vez que a DJI tem seu nome na lista negra nos Estados Unidos. No ano passado, a fabricante de drones foi colocada na Lista de Entidades do Departamento de Comércio dos EUA. Isso implica que uma empresa americana não poderia vender um componente para a DJI sem que esta tivesse uma licença.

Para justificar sua ação, o governo dos EUA declarou que “a DJI estava entre as empresas que permitiram violações de direitos humanos em larga escala na China por meio de coleta e análise abusiva de DNA ou vigilância de alta tecnologia.

Uma sanção que se revelou menos restritiva para a marca chinesa uma vez que os seus drones não estão proibidos de venda nos EUA como foi o caso da Huawei.

Na época, a DJI se adiantou para denunciar as ações dos americanos. Pela voz do seu porta-voz, a empresa chinesa declarou que nada fez para merecer que o seu nome figurasse na lista de entidades. A DJI certamente deve contestar essa decisão americana como a Xiaomi fez.

De fato, colocada no início do ano nessa famosa lista de bloqueio de investimentos, a empresa especializada na venda de laptops havia contestado a decisão. Ela havia declarado que seus líderes não tinham ligação com o exército chinês, lembrando que a ausência de investimentos americanos seria muito prejudicial para ela.

O governo dos EUA será convencido pelos argumentos da Xiaomi e retirará a marca da lista em maio.

Fonte: Engadget

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