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Onde também falamos sobre mudanças climáticas em Marte

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Descobertas pela primeira vez em 2016 pela sonda espacial MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile EvolutioN) da NASA, as “auroras de prótons” parecem ser excelentes indicadores das mudanças climáticas em Marte, dizem os pesquisadores.

Um estudo realizado por Andréa Hughes da Embry-Riddle Aeronautical University em Daytona Beach e sua equipe, esclarece os cientistas sobre a forma como o planeta vermelho perde sua água, bem como a relação entre essa perda e a frequência de auroras de prótons.

Enquanto na Terra, as famosas auroras boreais, as auroras de prótons, são mais conhecidas, seus equivalentes marcianos são agora mais bem compreendidos. Um fenômeno que ocorre em plena luz do dia e que não é visível somente com instrumentos capazes de detectar raios ultravioleta.

Auroras de prótons devido à perda de água

De acordo com Hughes: “Neste novo estudo usando dados MAVEN/IUVS de vários anos em Marte, a equipe descobriu que períodos de aumento do vazamento atmosférico correspondem a aumentos na ocorrência e intensidade de auroras de prótons”.

Essas auroras protônicas aparecem, de fato, após uma interação entre os prótons do vento solar e o hidrogênio que está concentrado na atmosfera superior do planeta vermelho. Hidrogênio que se forma após a degradação das moléculas de água que escapam de Marte e que formam uma “enorme nuvem” nas camadas superiores de sua atmosfera.

Segundo os pesquisadores, graças aos dados do MAVEN, a mudança climática marciana tornando o planeta inabitável com um clima “frio, seco e inóspito” agora é melhor compreendida.

Um fenômeno muito mais comum no verão, de acordo com pesquisadores

De acordo com um dos pesquisadores, Mike Chaffin: “No início, pensamos que esses eventos eram muito raros, porque não estávamos olhando para os momentos e lugares certos. Mas após um exame mais detalhado, descobrimos que as auroras de prótons ocorrem com muito mais frequência em observações de verão do que esperávamos originalmente.”

De fato, essas auroras de prótons são mais frequentes durante o verão marciano, o que indica que a água é perdida muito mais durante esse período. Esses fenômenos podem, assim, direcionar os pesquisadores para as causas dessa perda, a fim de entender o mecanismo subjacente.

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