O paradoxo matemático da amizade

Você já ouviu falar do paradoxo da amizade? Este é um fenômeno declarado em 1991 pelo sociólogo Scott Feld segundo o qual a maioria dos indivíduos tem em média menos amigos do que seus amigos. A maioria das pessoas pensa que tem mais amigos do que seus amigos.
No entanto, esse paradoxo é baseado em um viés estatístico – uma abordagem ou processo que leva a erros nos resultados de um estudo – e pessoas com um grande número de amigos teriam maior probabilidade de serem incluídas nos amigos de ‘outra pessoa’.

Esse paradoxo também pode ser aplicado a outros tipos de relacionamento. Por exemplo, os parceiros sexuais de um indivíduo tiveram mais parceiros sexuais em média do que esse indivíduo, de acordo com a Wikipedia. Mas os pesquisadores realizaram recentemente um novo estudo para entender melhor esse paradoxo.
Pesquisadores apresentam uma nova teoria sobre o paradoxo da amizade
Como você sabe, um paradoxo é uma ideia ou proposição que parece surpreendente ou chocante à primeira vista, vai contra o senso comum ou, em outras palavras, vai contra a opinião comumente aceita. Em 1991, Scott Feld surgiu pela primeira vez com a ideia do ” paradoxo da amizade em um artigo de jornal intitulado “ por que seus amigos têm mais amigos do que você “. A ideia geral seria que o número de amigos dos amigos de uma pessoa é, em média, maior do que o número de amigos dessa pessoa sozinha.
No entanto, o principal autor do novo estudo, George Cantwell, pesquisador de pós-doutorado no Instituto Santa Fe, no Novo México, disse que ” as médias costumam ser muito enganosas ou, pelo menos, podem não descrever as experiências das pessoas. Algumas pessoas são menos populares que seus amigos, outras são mais “. Os pesquisadores então desenvolveram uma nova teoria matemática para explicar outra variante do paradoxo da amizade apelidada de ” paradoxo da amizade generalizada “.
O paradoxo da amizade serviria como método de detecção eficaz em diversas áreas
Essa nova teoria do Journal of Complex Networks sugere que, em média, seus amigos não são apenas mais populares do que você, mas também são mais ricos e mais bonitos. Essa ideia seria baseada no fato de que pessoas populares são mais propensas a serem ricas e bonitas do que pessoas impopulares.
De acordo com Cantwell, essa nova abordagem pode explicar 95% da variação em situações da vida real. De qualquer forma, essas equações matemáticas podem ajudar a explicar outros aspectos da sociedade, como a disseminação de doenças infecciosas e pesquisas eleitorais.
Na verdade, o Friendship Paradox já foi usado para monitorar a gripe e detectar surtos em média duas semanas antes dos métodos tradicionais de vigilância em um estudo de 2010 publicado na revista PLOS One.