O dia em que a NASA involuntariamente queimou orgânicos de Marte

Enquanto NASA anunciou recentemente a descoberta de estranhas moléculas orgânicas em Marte, um estudo mostra revelações que podem constranger a agência espacial americana. O estudo assume que a NASA já fez uma descoberta mais ou menos semelhante há 40 anos, mas a agência acidentalmente queimou as amostras em questão.

Os fatos teriam ocorrido em 1976, durante o programa espacial Viking.

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Na época, a NASA enviou duas sondas espaciais, Viking 1 e Viking 2, para o Planeta Vermelho. Uma vez no local, os dois dispositivos teriam incendiado acidentalmente moléculas de carbono contidas no solo marciano enquanto coletavam amostras.

Liderados por Chris McKay, pesquisador do Centro de Pesquisa Ames da NASA, os estudos foram publicados na revista New Scientist.

O que realmente aconteceu?

Chris McKay sugere que foram as sondas que acidentalmente queimaram as moléculas orgânicas presentes nas amostras. O pesquisador explica que para testar o solo e coletar as amostras, as sondas tiveram que se aquecer para produzir vapor.

Eles teriam então acidentalmente incendiado um sal inflamável chamado “perclorato”. »

No estudo, o cientista explica que chegou a tal conclusão após descobrir vestígios de clorobenzeno em certas amostras de solo de Marte. Este composto é produzido quando as moléculas de carbono queimam com sal inflamável.

Descoberta de novas amostras

Os estudos de Chris McKay foram publicados algumas semanas depois que a NASA anunciou que havia feito descobertas extremamente interessantes em Marte. Há um mês, a agência espacial realizou uma coletiva de imprensa para revelar que seu rover Curiosity, enviado ao planeta vermelho em 2012, havia encontrado evidências da presença de matéria orgânica.

De acordo com revelações feitas pela agência, o Curiosity detectou vestígios de moléculas orgânicas em rochas sedimentares marcianas com mais de 3,5 milhões de anos.

As moléculas em questão são compostos tiofênicos, aromáticos e alifáticos que também datam desse período. Para saber mais, todos os detalhes foram publicados em dois artigos na revista Science.

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