Nemesis: a existência do gêmeo do Sol confirmada?

Nêmesis fascina pesquisadores há quase três décadas e dois astrônomos de grande reputação acreditam poder confirmar sua existência. Melhor, eles também pensam que a maioria das estrelas do Universo nasceriam com um gêmeo.

Nemesis, ou Sol B, seria uma estrela formando um sistema binário de período muito longo com o nosso Sol. Ela teria nascido ao mesmo tempo que esta, mas seria muito menos luminosa e, portanto, tenderia mais para a anã marrom.

De acordo com simulações realizadas nos últimos trinta anos, a órbita dessa estrela escondida seria muito excêntrica e, portanto, precisaria de 26 milhões de anos para dar a volta em seu binômio.

Nemesis, o gêmeo do mal do Sol

Mais interessante, alguns pesquisadores acreditam que essa estrela causaria regularmente distúrbios na nuvem de Oort, um conjunto hipotético de vários corpos localizados além do cinturão de Kuiper. Pior ainda, o poder gravitacional de Nemesis teria até a infeliz tendência de atrair os asteróides e cometas que compõem esse conjunto para o sistema solar.

É claro que essa estrela oculta deu origem a muitas teorias nos últimos anos, incluindo uma sugerindo que Nemesis poderia ser a causa das grandes extinções de espécies vivas.

E especialmente a dos dinossauros.

Mesmo assim, deve-se ressaltar que essa teoria não é nada maluca e também não nasceu em círculos conspiratórios. Na verdade, foi formulado nos anos 80 por Richard A. Muller, um físico que trabalhava para a Universidade de Berkeley, na Califórnia.

O pesquisador descobriu naquela época que as grandes extinções eram periódicas. Ele acabou levantando a hipótese de que um corpo desconhecido atrai regularmente cometas da Nuvem de Oort para o sistema solar, causando ao mesmo tempo imensos danos a todos os corpos que o constituem.

Infelizmente, ele não conseguiu provar e a hipótese acabou sendo descartada.

A maioria das estrelas teria um gêmeo

No entanto, alguns astrônomos continuaram suas investigações e este é particularmente o caso de Steven Stahler, outro físico da Universidade de Berkeley. Apoiado por um astrônomo da Universidade de Harvard, este estudou as estrelas durante vários meses e chegou a desenvolver uma teoria muito interessante: a maioria das estrelas do universo nasceria com um gêmeo.

É claro que uma teoria só é interessante se puder ser comprovada. Firmemente determinados a esclarecer o caso, os dois cientistas analisaram um ponto muito distante da Terra, um ponto localizado a cerca de 600 anos-luz do nosso próprio sistema: Perseu.

Esta nuvem molecular tem de fato uma característica muito interessante. Banhada por gases muito densos, muitas vezes vê estrelas emergirem e, portanto, representa um formidável terreno fértil para os cientistas.

Ao observar a área, os dois pesquisadores perceberam que a maioria das estrelas presentes na área tinham um gêmeo. Às vezes os binômios estavam muito distantes um do outro, mas também acontecia que as duas estrelas de um conjunto ficavam próximas uma da outra.

Então eles acham que é perfeitamente possível que Nemesis seja real… o que obviamente não significa que causou a morte dos dinossauros.