Microplásticos encontrados no sangue humano

Vivemos hoje em uma época em que quase todos os produtos e objetos que usamos vêm de uma fábrica industrial. Mas o uso de materiais artificiais como o plástico não oferece apenas vantagens. O plástico pode de fato se infiltrar em todos os lugares, até mesmo em nosso corpo. Nesse contexto, um novo artigo publicado na revista Meio Ambiente Internacional descreve um método que permite medir pela primeira vez as concentrações de microplásticos no sangue humano.

Este pequeno estudo foi conduzido por cientistas da Vrije Universiteit Amsterdam e os resultados mostraram que os microplásticos de fora realmente acabam em nosso sangue. Os pesquisadores encontraram uma quantidade muito pequena de microplásticos, aproximadamente o equivalente a uma colher de chá por 1.000 litros de sangue, mas é o suficiente para se preocupar com o impacto em nossa saúde.


Microplásticos
Créditos 123RF.com

Em 2020, um estudo já havia mostrado que o corpo humano estava repleto de microplásticos e nanoplásticos. Estes podem ser encontrados em órgãos e tecidos humanos, bem como nas fezes.

Uma descoberta surpreendente

A equipe testou o sangue de 22 pessoas para encontrar cinco tipos de plástico comumente usados. Os pesquisadores descobriram que 17 das amostras (77%) continham pequenas quantidades de microplásticos. Polietileno tereftalato (PET), polietileno e polímeros de estireno foram os tipos mais comuns de plástico encontrados em amostras de sangue, seguidos por polimetilmetacrilato. São plásticos comumente encontrados em garrafas, sacolas de compras, embalagens de alimentos e talheres descartáveis.

De acordo com Marja Lamoree, autora do estudo e ecotoxicologista da Vrije Universiteit Amsterdam, este estudo permitirá aos pesquisadores explorar a extensão dessa poluição e seu provável impacto prejudicial à nossa saúde.

Os efeitos na nossa saúde

Os impactos dos microplásticos na saúde humana ainda não estão totalmente definidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente não há evidências que justifiquem a preocupação com a presença de microplásticos na água potável. No entanto, isso se deve ao fato de que as informações atualmente disponíveis sobre o assunto são limitadas.

Com o crescente número de estudos descobrindo microplásticos em diferentes partes do corpo humano, pode-se dizer que há uma necessidade urgente de entender seus efeitos na saúde.

FONTE: IFLScience

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