Macacos infectados com Covid-19 conseguiram desenvolver imunidade

Atualmente, o mundo ainda está no meio da luta contra a Covid-19, embora muitos países já estejam a caminho do desconfinamento. Nesse contexto, pesquisadores de todo o mundo continuam trabalhando em possíveis curas ou vacinas para interromper a pandemia de uma vez por todas.
Alguns cientistas também estão estudando o comportamento do vírus e os efeitos que ele tem no corpo. É o caso de uma equipe formada por cientistas do Peking Union Medical College que estudou a imunidade em macacos infectados pelo vírus SARS-CoV-2. De acordo com os resultados, os macacos conseguiram desenvolver imunidade de curto prazo por até 28 dias.

O estudo foi publicado na última quinta-feira, 2 de julho, na revista Ciência.
O curso do experimento
Durante sua pesquisa, os cientistas começaram infectando a traqueia de seis macacos rhesus com uma dose do vírus SARS-CoV-2. Essa espécie de macaco costuma ser usada em testes desse tipo por causa de sua semelhança com os humanos. Pelo que é descrito no artigo, alguns dos macacos desenvolveram sintomas leves, enquanto outros apresentaram sintomas moderados. Normalmente, eles demoravam duas semanas para se recuperar.
A segunda etapa do experimento consistiu em reinfectar 4 dos 6 macacos com o vírus 28 dias após a primeira infecção.
Os resultados obtidos
Segundo os cientistas, desta vez não houve sinais de reinfecção. Eles podiam apenas observar um breve aumento de temperatura nos assuntos. A análise de amostras frequentemente colhidas mais tarde mostrou que a carga viral máxima foi atingida três dias após a infecção dos macacos.
Assim, a conclusão dos pesquisadores foi que o organismo dos macacos apresentou uma resposta imune mais forte após a primeira infecção. Isso permitiu a produção de anticorpos neutralizantes que podem tê-los protegido contra reinfecções de curto prazo.
Segundo os cientistas, ainda são necessários mais testes para descobrir quanto tempo a defesa imunológica pode durar. No que diz respeito aos humanos, ainda levará muito tempo para ver se aqueles que foram infectados perto do início da pandemia estão protegidos de uma possível reinfecção. De qualquer forma, os resultados deste estudo permitiram saber mais sobre o novo coronavírus e seus efeitos no organismo.