Intel explica publicamente os motivos da falta de processadores

Intel está um pouco abalada por uma grande e inesperada demanda por processadores de 14 nm. Em uma carta aberta publicada na sexta-feira, Bob Swann, presidente interino da Intel desde a saída repentina de Brian Krzanich, detalhou as atuais lutas da fundição para manter o ritmo diante dos chamados “surpreendente” em relação ao mercado de PCs. Crescimento para o qual a empresa obviamente não estava preparada.
“Nossos produtos conseguem convencer os compradores de que é hora de investir em um novo PC“, disse o CEO da Intel em seu comunicado de imprensa. Ele também menciona um aumento geral nas remessas de computadores no segundo trimestre de 2018. “A primeira em 6 anos“, especifica. Por sua parte, Paul Thurrott, no entanto, procura contextualizar esse anúncio. Embora o mercado de PCs tenha se beneficiado de um vigor renovado nos últimos meses, sua amplitude permanecerá bastante relativa.

Segundo o blogueiro, geralmente muito astuto em suas análises, essa reviravolta no mercado seria fruto dos últimos movimentos migratórios de usuários para o Windows 10. O interessado explica ainda que esse aumento nas vendas pode ser o último, e que, de forma mais geral, esse crescimento sem paralelo em 6 anos, em qualquer caso, atingiria apenas dois terços – apenas – do que o mercado de PCs foi capaz de gerar antes de sua longa queda.
Intel surpreendida por crescimento inesperado
Um ponto em que a Intel parece concordar. A empresa acredita que esse crescimento já está chegando ao fim e agora espera uma demanda mais moderada, focada principalmente no mercado profissional, bem como no jogos, para os próximos meses. Ainda assim, o fundador californiano deve agora enfrentar uma escassez.
“O surpreendente retorno ao crescimento do mercado de PCs (TAM, mercado total endereçável) colocou nossa rede de fábricas sob pressão“, admite o CEO da Intel. Para remediar o problema, a marca alonga os ingressos e garante que já estão em andamento investimentos maciços. Um bilhão de dólares foram assim investidos para fortalecer as capacidades de produção de vários sites responsáveis pela fabricação de chips de 14 nm (as fábricas localizadas em Oregon, Arizona, Irlanda e Israel, especifica Intel). A marca também indica que adota uma abordagem “cliente em primeiro lugar“entendimento”alinhar a demanda com os estoques disponíveis“.
Se não há dúvidas de que a Intel vai sair dessa situação ruim, a empresa ainda está se debatendo na produção de seus processadores de próxima geração, gravados em 10 nm. Um ponto que não escapou a Bob Swann. O líder da Intel procura, em sua carta aberta, ser – aqui também – tranquilizador ao prometer que suas equipes estão fazendo “algum progressosobre essa nova tecnologia e que a produção em massa poderá começar em 2019. O jurado cuspiu.
Observe que os detalhes fornecidos por Bob Swann terão sido suficientes para tranquilizar os mercados. A partir de sexta-feira, dia da publicação deste comunicado de imprensa, o preço das ações da Intel beneficiou de um notável aumento de mais de 2% em Wall Street. A prova de que derramar às vezes é bom.