Intel desenvolveria seus próprios processadores ARM

Pela admissão de Venkata Renduchintala, Intel está longe de ter desistido dos ARMs. O número dois do fundador americano chega a especificar que a empresa nunca teve a ideia de abandonar os processadores móveis. E quanto aos seus prós e contras?
A guerra comercial nas plataformas móveis começou há dez anos para a Intel, mais precisamente quando surgiram os smartphones. Naquela época, o escritório Santa Clara investiu principalmente na arquitetura de seu x86. Uma estratégia que a elevou à posição de líder no mercado de equipamentos de informática, mas que também resultou no sucesso da Qualcomm e fabricantes de equipamentos asiáticos em chips ARM.

Para se atualizar nessa área, o CEO da multinacional, Brian Krzanich, contratou a Renduchintala. Este último pretende resolver os projetos de SoC da empresa e de acordo com suas palavras durante uma entrevista à PC World em setembro passado, sugerir o design e a produção de seus próprios chips ARM.
Um ecossistema favorável
A fabricante já indicou que possui licença da empresa britânica para a fabricação de arquiteturas do tipo RISC. Essa manobra lhe rendeu um acordo para fornecer chips ARM à LG. Para ganhar mais terreno, a Intel também pretende rever sua estratégia de negócios.
Na mesma linha, a empresa poderia incentivar potenciais funcionários a usar suas fábricas. Tal situação é lucrativa para a Apple. Embora a marca Apple projete seus próprios chips, o fato é que a gigante de TI precisa de parceiros para produzi-los.
Não devemos esquecer que o iPhone 7 usa vários componentes Intel.
Por enquanto, a empresa ainda não tem licença para projetar chips ARM, mas apostando no longo prazo e dados seus recursos de P&D, possui muitos ativos e seria perfeitamente capaz de agitar o mercado.
Os próximos meses, portanto, serão fascinantes e devem ser ricos em reviravoltas.
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