Um estudo programado para ser apresentado na próxima semana encontrou evidências de danos cerebrais relacionados à obesidade em adolescentes. O dano afeta as partes do cérebro responsáveis ​​pelas funções cognitivas, bem como emoções e apetite, e pode ser causado pela inflamação resultante da obesidade. O dano foi identificado por ressonância magnética de adolescentes saudáveis ​​e obesos com idades entre 12 e 16 anos.
A inflamação crônica pode causar inúmeros problemas de saúde, inclusive potencialmente desencadeando o desenvolvimento de câncer e demência. A obesidade é uma condição que causa inflamação, cujas consequências podem ser observadas no cérebro. De acordo com o novo estudo a ser apresentado na RSNA, a inflamação da obesidade pode levar a danos cerebrais a partir dos 12 anos de idade.
O dano foi identificado no giro orbitofrontal e no corpo caloso, áreas do cérebro que têm a ver com o ‘circuito de recompensa’, o controle emocional e o apetite. Os pesquisadores não encontraram nenhum dano fora dessas regiões. A questão estava ligada a vários marcadores inflamatórios e ao hormônio leptina, produzido pelas células adiposas.
IndivÃduos obesos podem potencialmente desenvolver uma condição chamada resistência à leptina, o que significa que seu cérebro não responde mais à leptina. A falta de resposta resulta no desejo de continuar comendo, aumentando os nÃveis de gordura corporal e, portanto, os nÃveis de leptina. As células adiposas produzem mais leptina à medida que a resistência se desenvolve, resultando em um efeito circular que pode ser difÃcil de superar.
A resistência à insulina também pode ter um efeito prejudicial sobre a substância branca do cérebro, de acordo com o estudo. Esse hormônio trabalha para manter os nÃveis de açúcar no sangue sob controle, mas pode aumentar constantemente à medida que se ganha peso, levando à resistência e ao desenvolvimento do diabetes tipo 2. O estudo indica que a resistência à leptina e à insulina não é o único fator que contribui para o dano observado, mas são necessárias pesquisas adicionais.