Haveria mais metal do que o esperado na Lua

Ainda há muitas coisas que não sabemos sobre a Lua. A comunidade científica implantou muitos recursos na tentativa de desvendar os segredos do satélite da Terra. A sonda Lunar Reconaissance Orbiter (LRO) é um dos instrumentos que foram enviados à Lua para coletar dados.

Um grupo de cientistas, liderado pelo pesquisador Essam Heggy, da Escola de Engenharia Viterbi da Universidade da Califórnia, realizou recentemente um estudo usando mini-RF (Miniature Radio Frequency), LRO. Enquanto procuravam localizar gelo nas crateras da Lua com este instrumento, esses pesquisadores fizeram uma descoberta inesperada.

Ao medir a constante dielétrica, ou seja, a propriedade elétrica do solo lunar, eles descobriram elementos que sugerem que haveria mais metal do que o esperado na Lua.

O porão lunar estaria cheio de metais

Ao estudar o solo lunar, os pesquisadores observaram que a constante dielétrica aumentou gradualmente em crateras de 2 a 5 quilômetros de diâmetro. Essa constante, no entanto, permaneceu inalterada em crateras de 5 a 20 quilômetros de diâmetro.

Segundo os cientistas, isso significaria que haveria uma grande quantidade de metais no subsolo lunar. As grandes crateras foram escavadas profundamente por meteoritos para revelar os metais que estão no solo. No entanto, as crateras menores não teriam sido cavadas o suficiente para que pudéssemos perceber a quantidade total de metal que está escondida no subsolo lunar.

Uma nova teoria sobre a formação da Lua?

Em seu estudo, os pesquisadores indicaram que o porão lunar seria rico em óxidos de ferro e titânio. Segundo eles, esta descoberta corre o risco de modificar a teoria sobre a formação da Lua.

Os cientistas acreditam que a Lua nasceu de uma colisão gigante entre a Terra primitiva e um protoplaneta do tamanho de Marte chamado Theia há 4,5 bilhões de anos. Com base nas informações obtidas neste novo estudo, os pesquisadores sugeriram que o impacto entre a Terra e Theia teria sido mais violento do que se pensava anteriormente.

Essa enorme colisão teria arrancado pedaços mais ricos em metais da Terra, o que explica a grande quantidade de metal que estaria no subsolo lunar.