GPS também pode ser usado para tratar câncer de pulmão
Três hospitais franceses estão atualmente usando tecnologia inovadora para tratar câncer de pulmão. A nova técnica é realizada por meio de uma máquina que incorpora a tecnologia GPS. Assim, uma sonda permite que os médicos analisem partes do pulmão que, sem esse método, não poderiam ser alcançadas. Graças ao sistema de navegação intrabrônquica eletromagnética do dispositivo, eles podem diagnosticar um tumor com mais facilidade.
O método “pulmão GPS” é praticado em Paris, no hospital Tenon, desde novembro. Contribui para a realização de um diagnóstico mais rápido, preciso e eficaz. Isso pode ser feito em um minuto. Isso era impossível antes, ao usar a endoscopia convencional. O sistema também possibilita o tratamento da doença.
Por enquanto, nem todos podem se beneficiar desse tipo de tratamento. Se um hospital quiser obter o dispositivo, terá de pagar a quantia de 150.000 euros.
Criar um campo magnético
Recentemente, médicos do Hospital Tenon suspeitaram da presença de um tumor em um paciente de 56 anos, por meio de um scanner. Em seguida, realizaram navegação intrabróquial eletromagnética para verificar o diagnóstico. Para fazer isso, eles usaram um computador no qual um software específico está instalado.
Os médicos também usam uma sonda de dois milímetros de diâmetro. Introduzido profundamente nos pulmões, emite um sinal captado por três eletrodos. Estes últimos, colocados no peito do paciente, destinam-se a formar um campo magnético. Este sistema permite então a visualização da anatomia real do pulmão. Estas imagens são finalmente comparadas com uma representação 3D.
O professor Jalal Assouad, cirurgião torácico, explica o procedimento: “Vamos entrar no scanner do paciente e, portanto, vamos definir a imagem suspeita e normal como alvo para o computador. Isso nos ajudará a encontrar a maneira mais curta e lógica de acessar a imagem. »
Identificação, verificação e tratamento
A etapa mais complexa da técnica seria, segundo a Dra. Juliette Camuset (cirurgiã torácica), o procedimento de spotting. Ela explica : ” Após completar o procedimento de localização, um cateter vazio é deixado na área alvo. Remova a sonda GPS. Nós iremos então arrastar instrumentos para amostras. »
Após o rastreamento vem a verificação. Permite ter certeza da presença de um tumor antes de tratá-lo. Por fim, o tratamento consiste em realizar sessões de radioterapia com grande precisão. Isso evita atingir o tecido saudável.
” Antes de ter o sistema de navegação, fizemos o que é chamado de punção sob um scanner”, lembra Jalal Assouad, enfatizando o caráter inovador da técnica. “Nós íamos atravessar os pulmões para acessar o alvo e que, em certos pacientes como este que tem um pulmão muito frágil, existe o risco de ter um pneumotórax que pode ser perigoso para o paciente” ele adicionou.
