EA Access, Xbox Game Pass e outros, Strauss Zelnick não acredita!

Muito rápida em compartilhar sua visão da indústria de videogames com a mídia, Strauss Zelnick conversou com a revista MCV (a entrevista está disponível aqui na página 64) sobre a questão das assinaturas oferecidas há vários anos por diversos players da área. E se a Microsoft e a Electronic Arts veem em seus respectivos Xbox Game Pass e EA Access, espécies de “Netflix de videogames” capazes de dinamizar o mercado, o chefe da leva dois é muito reservado sobre suas chances de sucesso a longo prazo.
Segundo ele, o principal problema desses serviços é sua relevância para as expectativas dos consumidores. Para Strauss Zelnick, os jogadores estariam, acima de tudo, procurando experiências de qualidade, em apenas algumas produções, e não os extensos catálogos que a Microsoft e a EA costumam oferecer contra uma assinatura anual ou mensal. Uma maneira como qualquer outra de pregar, implicitamente, para sua paróquia.

Porque se a Take Two puder de fato tirar proveito de licenças de alta qualidade (GTA, Red Dead, Bioshock, Máfia, Borderlands ou NBA 2K), não podemos dizer que a firma se caracteriza por um catálogo massivo e lançamentos como se estivesse chovendo. A editora claramente favorece uma abordagem qualitativa, mas a maioria dos players adere a essa abordagem? De qualquer forma, é o que Zelnick gosta de pensar… mesmo que ainda deixe a porta aberta para uma possível mudança de paradigma.
“NÃOSempre iremos aonde o consumidor for”
Na pergunta “Você acha que as assinaturas são o futuro da indústria?“, Strauss Zelnick responde assim: “Não, um modelo de assinatura deve, acima de tudo, atender às expectativas e necessidades do consumidor (…). Não estou convencido de que os jogadores gostem de jogar toneladas e toneladas de jogos todos os meses. Em vez disso, acho que eles preferem se concentrar em algumas ações de alto valor. Eu não acho que eles estão procurando um grande catálogo de jogos e na minha opinião o modelo econômico atual beneficia os jogadores como está.
Dito isso, o empresário não hesita em especificar que caso o consumidor adote o modelo de assinatura em massa, a Take Two revisará sua cópia na questão: “Então estou um pouco cético, mas não estou descartando nada. Sempre iremos aonde o consumidor for“, declara antes de continuar “Se o consumidor achar que o modelo de assinatura faz mais sentido, seguiremos esse caminho, desde que nós e nossos criadores possamos ser devidamente recompensados por nosso trabalho.“.