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E se os sinais misteriosos vistos no centro de nossa galáxia fossem apenas uma ilusão?

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No início deste ano, uma equipe de cientistas detectou sinais misteriosos no centro da Via Láctea. Pesquisadores encontraram três elementos em abundância dentro de um grupo de gigantes vermelhas, estrelas moribundas no estágio final de sua evolução.

Os pesquisadores ficaram especialmente intrigados com a alta quantidade de escândio, vanádio e ítrio.

via Láctea

Duas hipóteses foram apresentadas para explicar os níveis anormalmente elevados. Segundo a primeira, essa característica poderia resultar da descida de estrelas antigas em um buraco negro. A segunda sugere que esses elementos seriam detritos da colisão de estrelas de nêutrons. No entanto, outra explicação acaba de ser proposta.

Ultimamente, depois de realizar um estudo mais recente sobre o mesmo assunto, os especialistas acreditam que podem ter sido enganados pelo universo. O estranho fenômeno pode ser apenas o resultado de uma ilusão de ótica.

Os elementos foram medidos a partir das linhas espectrais

Todos os três estão a três anos-luz de um buraco negro que fica no centro do sistema solar. Os pesquisadores os descobriram gravando, usando um espectrômetro, “linhas espectrais”.

As últimas são linhas escuras ou brilhantes em um espectro eletromagnético uniforme e contínuo. Eles resultam da interação entre um sistema quântico e a radiação eletromagnética. A comparação entre as diferenças das interações dos elementos com a luz pode trazer informações sobre a composição de um objeto.

O novo estudo, realizado por uma equipe internacional de astrônomos e físicos atômicos, foi publicado em 10 de outubro de 2018 no Astrophysical Journal.

Essas linhas ainda escapam à modelagem teórica precisa

Na nova pesquisa, a equipe estudou linhas espectrais de escândio em gigantes vermelhas em nossa galáxia. Ela descobriu que quando a estrela moribunda estava abaixo de uma certa temperatura, as linhas espectrais se tornavam muito mais intensas. No entanto, esses aumentos não significam que escândio, vanádio e ítrio tenham mudado de tamanho.

Os autores especificaram que a formação dessas linhas fortes “atualmente ilude modelagem teórica precisa”. Eles estão examinando outras linhas espectrais em um esforço para aprender mais. Enquanto isso, eles recomendaram que, por enquanto, essas linhas espectrais não devem ser usadas para medir esses objetos.

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