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E se nossa inteligência viesse de nossas memórias?

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Em artigo publicado na revista Tendências em Ciências Cognitivas, cientistas especializados em neurociência mostram que a inteligência humana pode vir da forma como as memórias são armazenadas. Pesquisadores dizem que é isso que torna os humanos mais inteligentes que os animais.

Anteriormente, os cientistas pensavam que no hipocampo, a parte do cérebro que desempenha um papel crítico na lembrança, os neurônios eram separados em vários grupos diferentes, o que impede que as memórias se misturem. No entanto, de acordo com as explicações do professor Rodrigo Quian Quiroga, diretor de neurociência de sistemas da Universidade de Leicester, o mesmo grupo de neurônios é de fato responsável por armazenar todas as memórias do ser humano.

Créditos Pixabay

As consequências dessa nova maneira de ver a memorização são de longo alcance. De fato, tal sistema neural poderia explicar o pensamento abstrato que caracteriza a inteligência humana.

Sem separação no hipocampo

Quiroga explicou que existe um modelo alternativo ao modelo de separação quando se trata de armazenamento de memórias em humanos.

“A separação de padrões é um princípio básico da codificação neural que evita a interferência da memória no hipocampo. Sua existência é apoiada por inúmeras descobertas teóricas, computacionais e experimentais em diferentes espécies animais, mas essas descobertas nunca foram replicadas diretamente em humanos”, ressaltou.

Em humanos, experimentos sobre o assunto foram realizados usando fMRI ou ressonância magnética funcional, mas isso não conseguiu obter registros das atividades de neurônios individuais. No entanto, ao registrar diretamente a atividade de neurônios individuais, os pesquisadores descobriram que os resultados eram muito diferentes dos obtidos em animais. Assim, eles sugerem que, ao contrário de outras espécies, não há separação de padrões na codificação da memória em humanos. Esta característica poderia assim explicar a faculdade do homem de desenvolver capacidades cognitivas como a capacidade de generalizar bem como os pensamentos criativos.

Além do tamanho do cérebro e do número de neurônios

Para o professor Quiroga, devemos ir além das comparações comportamentais entre animais e humanos e sim nos perguntar o que há em nosso cérebro que nos permite ter acesso a todas essas funções cognitivas. Especificamente, ele acha que a diferença não pode ser atribuída apenas à diferença no tamanho ou no número de neurônios.

O professor citou o exemplo do chimpanzé, que tem um cérebro cujo número e tipo de neurônios são comparáveis ​​aos dos humanos. Além disso, ambas as espécies têm aproximadamente a mesma estrutura anatômica.

Tudo isso nos leva a pensar que os neurônios humanos agem de forma diferente dos de outras espécies. Para o professor Quiroga e seus colegas, um desses comportamentos diferentes é a forma como esses neurônios armazenam memórias.

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