É possível que todos nós estejamos vivendo em uma simulação de computador criada por um gênio do mal

Laura D’Olimpio, filósofa reconhecida por seus pares, desenvolveu ao longo dos anos uma teoria muito interessante. Ela acredita que é possível que todos nós estejamos vivendo em uma simulação de computador criada por um gênio do mal ansioso para nos controlar. Maluco? Talvez, mas é impossível provar que ela está errada.

A doutora Laura D’Olimpio trabalhou para a Universidade de Notre Dame na Austrália por vários anos. Ela é doutora e dedicou sua tese ao impacto moral das obras de arte de massa na sociedade.

Aliás, ela é editora-chefe do Journal of Philosophy e também escreve para vários outros meios de comunicação e em particular para The Conversation.

Um conto de cérebros e cubas de nutrientes

Foi em um de seus artigos que ela mencionou essa teoria interessante.

Segundo ela, tudo o que sabemos pode ser apenas uma vasta ilusão criada por um espírito maligno. Um espírito que teria arrancado nossos cérebros de nossos corpos para colocá-los em tonéis de nutrientes antes de conectá-los a uma supersimulação realizada como parte de um experimento em nossa espécie.

Amigável, não é? Certamente, e isso também significaria que nossas experiências e sensações não seriam reais.

Ao contrário do que se possa pensar, Laura D’Olimpio não é a primeira a evocar tal teoria. A filósofa Hilary Putnam havia desenvolvido um experimento mental semelhante nos anos 80: o famoso cérebro no tanque. Também inspirou muitos filmes como Passé Virtuel, eXistenZ ou mesmo… o essencial Matrix.

Você também deve saber que esse famoso experimento mental foi na verdade baseado no trabalho de Descartes e mais especificamente no Gênio do Mal, uma hipótese mencionada nas Meditações metafísicas do filósofo. Descartes estava de fato procurando provar que o sujeito existia e que ele tinha consciência de si mesmo.

Uma teoria evocada por Descartes

Para alcançar seus objetivos, ele apelou para o que se chama dúvida hiperbólica e chegou à conclusão de que era possível duvidar de tudo, e até da realidade do mundo.

Os filósofos não são os únicos interessados ​​na realidade do mundo. Na realidade, muitos físicos se fazem exatamente as mesmas perguntas. Físicos como Rich Terrile, Nick Bostrom ou mesmo o essencial Neil deGrasse Tyson.

Esta questão surge regularmente no tapete e foi mesmo mencionada novamente em 5 de abril durante o grande memorial dedicado a Isaac Asimov.

E adivinha? Nem as mentes mais brilhantes deste mundo foram capazes de provar que não estamos em uma simulação de computador. Na realidade, para descobrir, bastaria determinar se o universo é finito ou infinito.

Algo que infelizmente não é possível no momento.