DNA para substituir nossas antigas chaves USB?

A molécula de DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é responsável por armazenar informações genéticas e codificar genes. Na Microsoft, os arquitetos de TI planejam usá-los como um meio para dados digitais. Em última análise, esse novo método pode revolucionar a forma como as empresas mantêm seus documentos. O único limite hoje continua sendo o alto custo do design de DNA.
Para atingir esse objetivo, a empresa de Redmond conta com uma equipe dedicada ao programa Microsoft Research. Ela planeja construir um dispositivo baseado em DNA capaz de armazenar fotos, vídeos e outros dados digitais. Internamente, a Microsoft planeja fabricar um novo data center para substituir as unidades de fita.
De acordo com o calendário definido pelo grupo, o programa deverá dar frutos até ao final de 2020.
Um sistema proto-comercial
O objetivo do grupo seria a finalização de um “sistema proto-comercial dentro de três anos armazenando uma quantidade de dados de DNA em um de nossos data centers, para pelo menos uma loja de aplicativos”explicou o arquiteto de TI Doug Carmean, da Microsoft Research. “Esperamos que seja comercializado sob o termo Seu armazenamento com DNA” ele adicionou.
Essa ideia seria justificada pelo fato de o DNA ser capaz de armazenar uma enorme quantidade de dados. Pode caber um quintilhões de bits de dados em um milímetro cúbico. “O DNA é o meio de armazenamento mais denso conhecido no universo”, disse Victor Zhirnov da Semiconductor Research Corporation. “E o problema que estamos resolvendo é o crescimento exponencial da informação armazenada”ele adicionou.
Resolva o problema do custo de fabricação
O grupo usou 13.448.372 peças únicas de DNA para demonstrar. O custo de tal equipamento é estimado em oitocentos mil dólares. A esse respeito, Yaniv Erlich, professor da Universidade de Columbia, destacou que “o principal problema com o armazenamento de DNA é o custo”. “Então a questão principal é se a Microsoft resolveu esse problema”Ele continuou.
Além disso, uma empresa chamada Technicolor Research também está interessada nessa nova tecnologia. Já começou a negociar com os estúdios o armazenamento de filmes por essa técnica. “Estou convencido de que teremos resultados este ano”entusiasmou-se Jean Bolot, diretor científico da empresa.