Plataforma de streaming Deezer está usando inteligência artificial para procurar conteúdo explÃcito nas músicas, ajudando os humanos a marcar conteúdo que contenha linguagem potencialmente incômoda. A empresa detalhou seus esforços em um novo artigo que será publicado na conferência ICASSP 2020, de acordo com um post recente. Deezer ressalta que o que é considerado conteúdo explÃcito é uma ‘questão cultural’, que complica as coisas.
Embora as gravadoras possam etiquetar conteúdo explÃcito como tal quando transportam os álbuns para as empresas de streaming, Deezer ressalta que muitas não – de fato, a empresa diz que ‘uma parte substancialmente grande’ de sua biblioteca de músicas não tem uma etiqueta observando se ele contém ou não conteúdo explÃcito, que pode incluir qualquer coisa, desde linguagem forte a conteúdo discriminatório e muito mais.
Os seres humanos foram encarregados de ler as letras das músicas e determinar se uma tag ‘explÃcita’ é apropriada, mas pode não permanecer assim para sempre. A Deezer está investigando se é possÃvel criar um sistema que possa analisar grandes bibliotecas de conteúdo e sinalizar conteúdo problemático por conta própria. A empresa observa que isso é bastante complexo.
Essa complexidade não resulta de encontrar certas palavras ou frases, mas da necessidade de entender o que cada cultura espera em termos de explicitação, bem como o que é subjetivamente considerado conteúdo inapropriado ou adulto. A empresa detalhou os aspectos técnicos de seu esforço em um longo post do Medium nesta semana, explicando alguns dos métodos e problemas que encontrou.
Deezer observa que nenhum sistema foi capaz de atingir o mesmo nÃvel de precisão que os humanos na detecção de conteúdo explÃcito, mas que seu sistema retornou alguns ‘resultados encorajadores’. Neste momento, a IA sozinha não pode determinar se a música é explÃcita ou não, mas pode potencialmente servir como uma ferramenta para ajudar os seres humanos em seus esforços para catalogar grandes bibliotecas de conteúdo.