Covid-19: Uma nova variante detectada na França com 46 mutações

Cientistas descobriram uma nova variante do Covid-19 na França. Designada B.1.640.2, acredita-se que a nova variante venha da África, com o primeiro caso identificado sendo uma pessoa retornando de uma recente viagem aos Camarões.

Segundo especialistas, essa nova variante não deve ser temida no momento. Até agora, uma dúzia de casos de infecção B.1.640.2 foram registrados perto de Marselha. Os virologistas disseram que é anterior à variante Omicron, mas não é tão transmissível, no entanto.


Mutação Coronavírus Covid-19
Créditos 123RF.com

Atualmente, 60% dos casos de Covid-19 na França são devidos à Omicron.

A opinião dos especialistas

De acordo com Tom Peacock, virologista do Departamento Imperial de Doenças Infecciosas, por enquanto, não devemos nos preocupar muito com a nova variante. Ele explicou que a tensão tinha ‘uma chance de causar problemas, mas nunca se materializou’.

Segundo informações, B.1.640.2 foi registrado pela primeira vez em 4 de novembro de 2021 no banco de dados de rastreamento de variantes do GISAID. A variante Omicron foi sequenciada aproximadamente duas semanas depois.

Por enquanto, nenhum outro país informou oficialmente a presença da nova cepa. Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não o classificou como ’em investigação’. Por outro lado, Maria Van Kerkhove, epidemiologista de doenças infecciosas da OMS, disse que a organização registrou o B.1.640.2 como uma “variante sob vigilância” em novembro.

B.1.640.2 está, portanto, entre as variantes que possuem modificações genéticas susceptíveis de afetar as características do vírus. É possível que apresente riscos no futuro, mas a evidência de um impacto fenotípico ou epidemiológico ainda não é clara.

As mutações presentes em B.1.640.2

A variante B.1.640.2 é, segundo os cientistas, diferente da cepa B.1.640 que apareceu em setembro do ano passado na República Democrática do Congo.

Entre as mutações que possui está a mutação E484K, que pode torná-lo mais resistente às vacinas. Ele também tem a mesma mutação N501Y observada pela primeira vez na variante Alpha. Alguns especialistas acreditam que essa mutação a tornaria mais transmissível.

De acordo com especialistas, novas variantes estão sendo descobertas constantemente, mas isso não significa que elas serão necessariamente mais perigosas do que as cepas antigas, como Delta ou Alpha. Por outro lado, devemos começar a nos preocupar quando eles apresentam uma alta taxa de transmissibilidade, principalmente pelo fato de terem um grande número de mutações em relação ao vírus original.

FONTE: Espelho

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