Covid-19: imunidade celular pode chegar a 6 meses

Desde que a pandemia de Covid-19 atingiu o mundo, os pesquisadores multiplicaram seus esforços para aprender o máximo possível sobre essa doença. Uma das questões que vem atormentando a mente dos cientistas há meses diz respeito à duração da imunidade adquirida por pessoas que já contraíram a doença.

Após meses de pesquisa, uma equipe de pesquisadores britânicos parece ter encontrado a resposta para essa pergunta. Um estudo realizado em um grupo formado por mais de 2.000 pessoas revelou que a imunidade celular ao Covid-19 pode chegar a 6 meses.

Os resultados deste estudo são encorajadores e sugerem que uma pessoa que já foi infectada pelo vírus tem menos probabilidade de adoecer novamente.

Pesquisadores se concentram em células T

Um grupo de mais de 2.000 pessoas que trabalham para a Public Health England se voluntariou para participar deste estudo. Todo mês, eles davam uma amostra de seu sangue.

100 deles testaram positivo para Covid-19, mas nenhum foi hospitalizado. Dessas 100 pessoas, 56% apresentaram sintomas. O estudo se concentrou nas células T que são geradas pelo corpo humano como resultado da infecção. Essas células imunes são diferentes dos anticorpos, mas também ajudam a combater doenças. A presença deles foi detectada em todos os pacientes com Covid-19 que participaram deste estudo.

Células imunes que combatem efetivamente o Covid-19

Segundo os pesquisadores, as células T desempenham um papel importante na proteção imunológica contra o Covid-19. De fato, enquanto o nível de anticorpos pode cair após uma infecção, as células T, por sua vez, mantêm na memória as informações sobre o vírus para evitar uma nova reinfecção.

“Os primeiros resultados mostram que as respostas das células T podem durar mais do que a resposta inicial dos anticorpos, o que pode ter um impacto significativo no desenvolvimento da vacina Covid-19 e na pesquisa de imunidade”disse o Dr. Shamez Ladhani, epidemiologista da Public Health England.

O professor Paul Moss, da Universidade de Birmingham, disse que foi o primeiro estudo no mundo a “para mostrar que a imunidade celular robusta pode durar mais de seis meses após uma infecção. »