Canadá quer implantar um radar quântico para monitorar o Ártico

O governo canadense anunciou recentemente sua intenção de investir a soma de 2,7 milhões de dólares na criação e construção de um sistema de detecção mais eficiente baseado na tecnologia de “radar quântico” e destinado a monitorar o espaço aéreo ártico. Essa tecnologia permitirá que os operadores detectem aviões furtivos ou mísseis voando sobre essa área.
De acordo com Peter Mason, do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa, há evidências de que a tecnologia de radar quântico pode atingir um nível de sensibilidade muito além dos sistemas convencionais de radar.
É um programa especial do Departamento de Defesa Nacional do Canadá, o ADSA ou All Domain Situational Awareness que financiou este projeto.
Um sistema inovador para estabelecer a soberania territorial
Para o governo canadense, o interesse de um novo sistema de detecção para monitorar o Ártico responde a uma política estratégica. Há cada vez mais nações interessadas nesta área devido à sua localização geográfica e aos recursos naturais ali presentes.
Ao mesmo tempo, os canadenses sentem a necessidade de substituir a rede de estações autônomas de radar do Sistema de Alerta do Norte implantada há quase 50 anos para vigiar o espaço aéreo do Ártico.
A promessa de detecção mais eficiente com radares quânticos
Mesmo que os radares convencionais tenham ocupado um lugar essencial nos sistemas de defesa contemporâneos, eles ainda têm um limite operacional. As ondas de rádio emitidas irão refletir nos objetos encontrados, o que permite a localização. Os sinais serão acompanhados por ruído de fundo criado pelo ambiente em que a onda se moveu e os operadores têm que resolver tudo isso, o que pode atrapalhar a detecção.
No Ártico, onde os fenômenos meteorológicos e atmosféricos são muito importantes, o radar quântico permitirá uma detecção mais eficaz, pois são partículas quânticas, os fótons emaranhados emitidos por dois átomos no mesmo estado quântico que serão usados para detecção.
Embora essa tecnologia ainda esteja em sua infância, a pesquisa está se desenvolvendo rapidamente e os cientistas estão avançando em uma possível implantação em menos de 10 anos.