As estrelas influenciam os animais noturnos

A coruja, o texugo, o morcego ou o gambá estão entre os animais que só são ativos à noite. É certo que seus olhos são especificamente adaptados para esse ambiente noturno, mas como eles se movem permanece um mistério. No entanto, a maioria dos cientistas acredita que esses aliados da noite estão localizados pelas estrelas.
Para demonstrar essa teoria, pesquisadores suecos realizaram um experimento através do qual observaram os gestos de um inseto noturno. Chegaram então a uma conclusão que não é muito surpreendente: o animal usa a Via Láctea como bússola.
Anteriormente, outras espécies já haviam sido objeto de um estudo que se orientava na mesma direção que esta.
Besouro de estrume em um planetário
Em 2013, um experimento semelhante foi realizado em um besouro, primeiro por sua força fenomenal, mas também por sua capacidade de se mover no escuro. Os cientistas, portanto, decidiram realizar um estudo sobre esse pequeno besouro.
Os resultados publicados na Current Biology sugerem que as estrelas estariam em cooperação com este inseto.
Foi a equipe da Universidade de Lund que realizou seu próprio experimento desta vez. Para fazer isso, eles compararam o comportamento do besouro em dois ambientes diferentes.
O primeiro sendo um céu estrelado enquanto o segundo um clima nublado e até escuro. Chegaram então a esta conclusão: o inseto transporta melhor sua bola de excremento sob o céu estrelado pelo caminho mais curto e prático.
E as aves marinhas e os animais?
Em 1970, um grupo de pesquisadores da Cornell University, em Nova York, trabalhou nessa delicada questão. Enquanto observavam a migração das bandeiras índigo, eles notaram que esses pequenos passeriformes se perdem sem a luz das estrelas. Além disso, essa teoria já havia sido mencionada alguns anos antes por etólogos da Universidade de Frankfurt.
Quanto às espécies aquáticas, elas também estão sob a influência da Via Láctea à medida que se movem pelo oceano. Devemos a descoberta dessa hipótese a uma equipe da Universidade do Sul da Dinamarca em 2008.
Ao instalar dois selos em um planetário de céu estrelado, eles descobriram que eles se referem à Estrela do Norte.
A exceção que comprova a regra seria o morcego. E por uma boa razão, já que este quiróptero tem a capacidade de voar de forma impressionante sem a ajuda das estrelas e menos ainda do sol.