AMD Zen, primeira demonstração do novo CPU do fundador

O mundo da computação doméstica conhece principalmente dois fabricantes de processadores, Intel e AMD. Se o primeiro foi no início dos anos 2000 o mais prolífico da dupla de fundadores, negociou mal a virada mobile, e depois de vários testes nesse mercado com um bilhão de aparelhos, a Intel jogou a toalha. A AMD, por sua vez, nunca se aventurou na aventura de smartphones e tablets.
Se a pequena guerra entre Intel e AMD não é nova, a primeira sempre esteve um passo à frente da segunda colocada. Este último, no entanto, tem toda a intenção de acertar as contas, com um novo tipo de processador, em preparação há 4 anos em seus laboratórios.

A AMD está, portanto, trabalhando no Zen, sua nova arquitetura de processador, e promete retornar com força ao mercado de CPUs.
O que exatamente o Zen oferece?
Zen é uma arquitetura de processador desenvolvida internamente pela AMD desde 2012 e, segundo seus líderes, amadureceu o suficiente para ser apresentada ao público em geral.
Zen está cheio de ativos, pelo menos é o que diz a AMD, que acredita firmemente em sua nova CPU. No entanto, o que ele realmente tem em seu estômago?
A fundição tem o sentido da fórmula e, portanto, evoca um salto “quântico” quando compara Zen com Bulldozer, sua arquitetura de CPU anterior. Para alcançar esse resultado, suas equipes otimizaram alguns aspectos que antes eram negligenciados, aspectos relacionados ao desempenho dez vezes maior no modo single-core.
Assim, a AMD indica que seu chip será capaz de lidar com 1,75 vezes mais instruções do que a quarta e última iteração da arquitetura Bulldozer.
A memória cache permanece com 8 MB L3 neste novo processador, mas a AMD indica que desfruta de uma largura de banda que lhe dá 5 vezes mais velocidade operacional. A maior novidade do Zen em relação ao que a AMD já oferece é, sem dúvida, a adição de um genuíno sistema de gerenciamento simultâneo multi-core (SMT ou Multi-Threading Simultâneo). Graças a este sistema, cada núcleo do processador será levado ao seu limite.
A abordagem da AMD é um pouco mais áspera. Os processadores Zen poderão, de fato, criar núcleos virtuais para adicioná-los aos núcleos originais do chip. O sistema operacional verá, portanto, o dobro do número de núcleos fisicamente presentes no processador.
Se um chip Zen tiver oito núcleos, por exemplo, o sistema verá dezesseis. A AMD fez essa escolha para poder fazer melhor uso do poder de computação de cada núcleo. No geral, a AMD sugere um ganho de 40% em instruções por ciclo (IPC) em comparação com a Excavator.
Melhor gravação, menos consumo
Lembrando que quanto mais fina a gravação dos circuitos de um processador, maior a autonomia do aparelho que ele roda. Por quê ? Simplesmente porque consome menos energia.
A AMD afirma que sua nova arquitetura gravada em 14 nm permitirá oferecer chips consumindo menos na mesma frequência, ou chips consumindo a mesma quantidade de energia em uma frequência mais alta. Esse ganho de energia pode até ser maior, graças à otimização dos estágios de frequência operados pelo fundição.
Se o Zen não ultrapassar a fatídica marca de 4 GHz, esses chips ainda parecem eficazes. Especialmente quando comparado aos processadores mais recentes dos laboratórios da Intel.
Os primeiros testes realizados pela AMD de fato colocaram em confronto uma CPU baseada em Zen, uma CPU operando a 3 GHz e um processador Intel Core i7 6900K restrito à mesma frequência. Os resultados foram finais, o chip desenvolvido pela AMD conseguiu oferecer renderização mais rápida que seu concorrente no Blender consumindo menos energia que este último.
Deve-se notar, no entanto, que esses testes foram realizados pela AMD.
A AMD espera que os primeiros chips Zen cheguem até o final do ano, para produção em massa no primeiro trimestre de 2017.