Agricultura nas lojas: da fazenda à mesa e da fazenda ao corredor

Com a maioria dos consumidores de hoje priorizando opções de alimentos mais naturais, não é de surpreender que os produtos locais e frescos tenham alta demanda. Restaurantes, tanto em centros urbanos quanto em cidades pequenas, perceberam essa tendência e um número crescente começou a oferecer produtos frescos, sazonais e locais, alinhando-se ao conceito de “fazenda para mesa”. Os supermercados são os próximos na fila a observar essa mudança na preferência do consumidor, à medida que começam a oferecer novas soluções inovadoras para oferecer opções mais atualizadas aos consumidores.

Uma das inovações mais notáveis ​​que foram manchetes recentemente é a nova iniciativa da Kroger de introduzir produtos realmente cultivados na loja, para que os clientes possam literalmente colher ervas e alface frescas à mão. O programa piloto é uma parceria com a Infarm, uma startup sediada na Alemanha que faz fazendas verticais modulares para cultivar hidroponicamente nove variedades de alface e ervas.

Empilhados em linhas em uma vitrine, o produto é cultivado em água rica em nutrientes até amadurecer o suficiente para ser vendido em cachos aos clientes. Utilizando LEDs e um sistema de irrigação com água reciclada, as fazendas são uma alternativa ecológica e de alta tecnologia à agricultura tradicional.

Por que a agricultura vertical é o futuro

As fazendas podem até ser controladas digitalmente com um sistema de tecnologia baseado em nuvem que permite o ajuste de temperatura e iluminação remotamente. A Infarm possui mais de 500 instalações dessas mini-fazendas verticais em lojas e centros de distribuição em todo o mundo, mas o programa piloto em supermercados Quality Food Centers (QFC) em Bellevue e Kirkland, Washington, é o primeiro na América do Norte.

A Kroger, dona da QFC, informou que a parceria Infarm foi um sucesso quase imediato, com ervas e alface sendo vendidas o mais rápido que as plantas conseguem amadurecer. Como resultado do sucesso do programa, a empresa anunciou planos de expandir seu conceito de agricultura vertical para mais 13 QFCs em Washington e Oregon até abril de 2020.

Embora o conceito de agricultura vertical ainda esteja engatinhando, é uma inovação promissora para o setor de alimentos por vários motivos convincentes:

  • Menos resíduos: A agricultura vertical usa 95% menos água, 75% menos fertilizantes, sem pesticidas químicos e 99% menos espaço do que a agricultura tradicional no solo. No total, as atuais 678 fazendas da Infarm economizaram quase um milhão de galões de água.
  • Menos espaço: Segundo o Infarm, a agricultura vertical usa 90% menos transporte do que sua contraparte convencional, reduzindo assim os custos e o impacto ambiental.
  • Sem transporte: O transporte é um dos maiores obstáculos para os varejistas que desejam estocar os produtos mais frescos. Entre o controle da temperatura em trânsito, os custos e o impacto ambiental do transporte de produtos, os produtos de remessa podem levar a perda de receita e deterioração. A agricultura vertical usa 90% menos transporte, e a Infarm estima que, até o momento, suas fazendas verticais tenham economizado aproximadamente um milhão de quilômetros em transporte.

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