Agora existem ratos de duas cabeças
Nada impede a ciência, nem mesmo o bom senso. Prova disso é que uma equipe chinesa se comprometeu recentemente a enxertar a cabeça e as patas dianteiras de um rato no corpo de um de seus congêneres. O experimento foi um sucesso, pelo menos cientificamente. Os animais de fato sobreviveram à operação.
O experimento em questão foi realizado por uma equipe de dez pesquisadores ilustres, equipe na qual há um nome conhecido, o de Sergio Canavero.
Muito divulgado desde 2015, este neurocirurgião italiano participou de muitas experiências semelhantes nos últimos anos e não pretende se limitar aos animais.
Transplante de cabeça, assunto muito em voga no momento
Ele pretende proceder em breve a um transplante de cabeça humana e pretende fazê-lo nos próximos dez meses.
Desta vez, portanto, os pesquisadores realizaram um experimento em ratos. Depois de selecionar cerca de dez espécimes, eles os dividiram em duas categorias diferentes, categorias estabelecidas de acordo com seu tamanho. Eles então procederam a enxertar as cabeças e pernas dianteiras dos pequenos ratos nos corpos dos espécimes maiores.
A ideia aqui era basicamente reduzir ao máximo a perda de sangue após a cirurgia.
Para mitigar esse risco, os cirurgiões anexaram os vasos sanguíneos da cabeça do “doador” aos de um terceiro rato. Eles então prenderam a cabeça do pequeno rato ao corpo do grande rato antes de conectar seus vasos sanguíneos. O transplante funcionou e os dois espécimes puderam, portanto, compartilhar o mesmo coração.
Obviamente, esta não é a primeira vez que os cientistas realizam tal experimento. Vladimir Demikhov também havia realizado esses testes no início do século XX, desta vez com foco em cães. De fato, o homem havia realizado experimentos semelhantes ao tentar enxertar metade de um cachorro no corpo de outro.
Os cientistas sempre foram fascinados por animais de duas cabeças
Depois de vários fracassos amargos, Demikhov finalmente conseguiu e, assim, criou um cão de duas cabeças. O animal sobreviveu até quatro dias antes de soltar seu último suspiro.
Claro, o trabalho do pesquisador foi fortemente criticado depois. Muitos de seus colegas o criticaram por ignorar a ética ao sacrificar desnecessariamente animais saudáveis, animais que provavelmente não queriam terminar suas vidas dessa forma.
No entanto, Demikhov também foi o primeiro cirurgião a realizar com sucesso transplantes de coração e pulmão em animais. Esse trabalho abriu caminho para transplantes humanos e, assim, salvou milhares de pessoas nos anos seguintes.
Enquanto isso, e voltando aos nossos ratos de duas cabeças, saiba que o estudo completo está acessível nesta página.
