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A presença de humanos muda a dieta de animais selvagens

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A presença do homem contribui muito para a rápida mudança dos ecossistemas, ameaçando a existência de muitas espécies de seres vivos no mundo. Se nosso impacto sobre os recursos naturais é inegável, nossa influência na cadeia alimentar e no comportamento dos animais silvestres ainda é pouco conhecida. No Alasca e no Canadá, não é incomum encontrar um urso rondando perto de áreas construídas, procurando saciar sua fome.

Ecologistas da Universidade de Wisconsin realizaram pesquisas sobre as dietas de 7 espécies de carnívoros, sendo os mais conhecidos o lobo cinzento e o coiote. O comportamento de certos animais, comendo os mesmos alimentos que nós, tem despertado a curiosidade de pesquisadores.

Os cientistas se concentraram na porcentagem de alimentos que os animais selvagens obtêm da presença de humanos, bem como nas consequências no ecossistema.

A mudança nos hábitos alimentares

Nossa dieta, mais rica em açúcar, é detectada pela análise de isótopos de carbono realizada em cadáveres. Foi com esse método que os pesquisadores estudaram amostras de fósseis e peles de animais. De acordo com os resultados de um estudo publicado no Proceeding of the National Academy of Science, cada vez mais predadores vivem perto de nós. A pesquisa, publicada em 12 de outubro de 2020, também mostra que os animais se tornam viciados.

A parcela de alimentos que vem dos humanos varia de acordo com a proximidade do habitat do animal com fazendas e grandes cidades, mas também depende da espécie. Por exemplo, raposas e coiotes obtêm 50% de sua comida do lixo, se não destruírem o galinheiro. Por outro lado, os animais que se alimentam exclusivamente de carne, como o lince, mesmo que vivam perto das cidades, raramente comem os detritos abandonados no seu território.

Alterando o ecossistema

Pesquisas mostram que os alimentos jogados fora pelos humanos criam conflitos entre as espécies, mas também que o ecossistema é profundamente perturbado. A confiança dos animais em nós os torna mais vulneráveis ​​e eles mudam sua estratégia de caça. Por exemplo, procurar uma maneira de invadir o curral é mais tentador do que perseguir uma lebre na floresta.

Uma simples mudança na população de um predador pode levar a um desequilíbrio em todos os níveis da cadeia alimentar. Segundo os ecologistas, esse cenário pode mudar a relação que sempre existiu entre caçadores e presas em um ecossistema. Os efeitos ainda são desconhecidos e podem ser devastadores.

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