A Fossa das Marianas abrigaria vida

o Fossa das Marianas é um dos poços mais profundos do mundo. No entanto, abrigaria várias formas de vida microbiana. De qualquer forma, é o que revela o estudo realizado por vários pesquisadores.
O poço fica na parte noroeste do Oceano Pacífico, não muito longe das Ilhas Marianas. Atualmente é considerado o local mais profundo da crosta terrestre e seu ponto mais baixo está, portanto, a uma profundidade de pouco mais de 11.000 metros, para uma pressão equivalente a aproximadamente 1.100 vezes a da nossa atmosfera.
Essa área específica fica entre duas placas tectônicas, onde a placa do Pacífico passa sob a placa das Filipinas.
A Fossa das Marianas abrigaria uma forma de vida microbiana em suas profundezas
A Fossa das Marianas foi descoberta pela primeira vez em 1875. Várias medições de profundidade foram então feitas e os cientistas da época registraram profundidades bem superiores a oito mil metros. No entanto, foi necessário chegar à década de 1950 para que o poço fosse estudado de cima a baixo por meio de uma ecossonda.
Desde então, muitas expedições foram organizadas no local e os pesquisadores, obviamente, continuam estudando a região.
Oliver Plümper, pesquisador da Universidade de Utrecht, na Holanda, foi lá com sua equipe estudar fragmentos de rocha de um vulcão localizado próximo ao poço e alimentado pela zona de subducção abaixo dele, fragmentos vindos diretamente das profundezas.
Os cientistas então analisaram 46 amostras diferentes em detalhes e ficaram surpresos ao descobrir a presença de matéria orgânica.
Matéria orgânica descoberta em fragmentos do poço
Infelizmente, eles não encontraram nenhum micróbio intacto, mas essa descoberta continua sendo uma das mais importantes. Isso prova que a vida pode sobreviver às condições mais extremas e se estabelecer nas regiões mais remotas do nosso planeta.
Oliver Plümper acredita, por sua vez, que esta descoberta permitirá à comunidade científica dar um passo atrás da biosfera terrestre profunda. Matthew Schrenk, um biólogo que trabalha para a Michigan State University, concorda exatamente. Para ele, o estudo realizado pelo colega deve nos ajudar a ampliar nosso campo de conhecimento.
Na verdade, pode até nos ajudar a entender melhor mundos distantes. O que é aplicável para a Terra também é aplicável até certo ponto – e sob certas condições – para os outros planetas. Isso é comprovado pelas últimas descobertas da NASA.
Flessenpost, noemt Plümper zijn bewijs van leven diep onder het aardoppervlak, boven gebracht door moddervulkanen https://t.co/stMvyI5PTq pic.twitter.com/nL8mKB0z7p
— Universidade de Utrecht (@UniUtrecht) 11 de abril de 2017
Het onderzoeksteam vond voor het eerst organisch material; bewijzen van leven, em gesteente van zo’n twintig quilômetro diepte pic.twitter.com/TH1RsPc1za
— Universidade de Utrecht (@UniUtrecht) 11 de abril de 2017