A floresta para ajudar a medir o impacto do CO2 no meio ambiente

Na floresta de Mill Halft, na Inglaterra, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Florestal de Birmingham (BIFoR) embarcou em um experimento pioneiro. Liderado pelo diretor do BIFoR, Rob MacKenzie, o projeto envolve a medição do impacto do dióxido de carbono nas árvores. O objetivo é observar e determinar se as plantas serão capazes de gerenciar o alto nível de CO2 presente na atmosfera até meados do século XXI.
Segundo o site da BBC, toda a floresta é afetada pelo experimento. Os pesquisadores instalaram mastros com cerca de vinte metros de altura ao redor das árvores. Cada mastro libera uma grande quantidade de CO2 no ar. Os cientistas também instalaram longos tubos de prata no chão, entrelaçados entre os troncos.
Todo o local é delimitado por uma cerca de cerca de três metros de altura, para evitar qualquer intrusão humana. Uma intrusão poderia de fato distorcer os resultados do experimento.
Determinar se as florestas serão capazes de lidar com os futuros níveis de CO2
Por meio desse experimento, o professor MacKenzie e sua equipe pretendem observar a reação das florestas a um nível muito alto de dióxido de carbono. Eles estão tentando descobrir se até o ano 2050 as árvores serão capazes de lidar com a grande quantidade de CO2 que estará presente na atmosfera. Lembre-se que a relação entre plantas e dióxido de carbono é um dos poucos elementos confiáveis a serem levados em conta quando se trata de climatologia.
Rob MacKenzie, no entanto, não está muito otimista sobre a capacidade de absorção de CO2 das árvores. “A terra nos dá um serviço gratuito fantástico ao absorver dióxido de carbono, (…) mas não há como isso compensar as mudanças climáticas”ele explicou à BBC.
Entre a falta de água e nutrientes e o aumento da temperatura, a vegetação futura certamente terá alguma dificuldade em realizar a fotossíntese corretamente.
Experimentos semelhantes serão realizados em todo o mundo
O diretor do BIFoR planeja lançar uma série de experimentos semelhantes em vários outros países. O objetivo será o mesmo, ou seja, estudar o impacto do CO2 no ambiente florestal. Os internautas poderão acompanhar o andamento de cada projeto no site do centro de pesquisa. Atualmente, uma nova foto do Mill Halft Forest é postada lá diariamente por MacKenzie e sua equipe.
O BIFoR não é o único interessado no potencial ecológico da vegetação. A China pretende combater a poluição através de uma floresta vertical. Previsto para o ano de 2018, a floresta será cultivada em dois arranha-céus vizinhos localizados às margens do rio Yangtze.