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700 milhões de pessoas correm o risco de ter que emigrar até 2050 devido às mudanças climáticas

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O IPBES ou Plataforma de Política Científica sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos publicou recentemente um relatório sobre a degradação da terra. Segundo o relatório, é um flagelo global que forçará milhões de pessoas a emigrar nos próximos trinta anos.

Segundo o professor Robert Scholes, coautor do relatório, a degradação da superfície da Terra é um sinal de que as atividades humanas estão empurrando o planeta para uma sexta extinção em massa de espécies. É absolutamente imperativo que esse processo seja revertido e que essas terras degradadas sejam restauradas.

Não só a degradação da terra ameaça 20% da população mundial, mas suas consequências para a economia global também são dramáticas.

Mais de um terço da terra do planeta é usada para agricultura

As principais causas da degradação da terra são o crescimento populacional e o aumento dos níveis de consumo que resultam em rápida expansão e manejo insustentável de pastagens e terras agrícolas.

Isso impacta negativamente a biodiversidade, a purificação de água e energia, bem como a segurança alimentar em todo o mundo.

Atualmente, mais de um terço da terra em nosso planeta é composta por plantações e pastagens e muitas das pastagens, florestas e pântanos estão sendo desmatadas para terras agrícolas.

Atividade humana: principal causa de destruição do planeta

O presidente do IPBES, Sir Robert Watson, disse que os flagelos que atualmente ameaçam nosso planeta são as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a degradação da terra. Tem a mesma raiz: a atividade humana. Como resultado, não podem ser tratados separadamente, mas devem ser enfrentados na mesma frente e é dever de cada país dar prioridade política à erradicação dessas ameaças.

De acordo com o relatório, a degradação da terra forçará muitas populações a migrar até 2050. Seu número é estimado em 700 milhões de pessoas. Da mesma forma, dentro de trinta anos, a produtividade das culturas cairá de 10 a 50% em algumas regiões, especialmente naquelas onde as chuvas são baixas e raras. Essa queda na produção e na produtividade pode até alimentar conflitos em sociedades vulneráveis.

O relatório propõe, em primeiro lugar, incentivar cada país a produzir e usar energia verde e, em segundo lugar, promover a produção sustentável, estabelecendo o monitoramento e melhorando o manejo da terra e o cultivo.

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