Estás a ler: 2015 BZ509, o asteróide de outro lugar
Se a natureza não acabou de nos surpreender, o espaço não fica de fora. Cientistas descobriram um asteroide que não é do nosso sistema solar. Batizada 2015 BZ509, a descoberta foi anunciada nesta segunda-feira, 21 de maio de 2018, por Fathi Namouni, pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS) e Helena Morais da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).
De fato, os dois pesquisadores haviam notado 2015 BZ509 já há quatro anos, em 2014. O asteroide orbitava Júpiter, mas contra a corrente de outros corpos celestes do sistema solar. Intrigados, Fathi Namouni e Helena Morais realizaram vários cálculos e simulações para finalmente descobrir que o BZ509 2015 veio de outra galáxia.
Os resultados da pesquisa foram publicados em Avisos mensais das cartas da Royal Astronomical Society.
Um “imigrante interestelar” que pretende ficar
2015 BZ509 é um pequeno asteróide d‘cerca de 3 milhas do diâmetro. Desde sua descoberta, ocupou a órbita de Júpiter e poderia ter se misturado à massa se não girasse na direção oposta aos outros corpos celestes. De acordo com os cálculos de Namouni e Morais, o asteroide completa uma revolução em 11,6 anos, a mesma velocidade do maior planeta da Via Láctea.
Os dois pesquisadores também descobriram que se 2015 BZ509 não nasceu em nossa galáxia, o asteroide pretende ficar lá, o que é uma novidade. Não é a primeira vez que um corpo celeste estranho é descoberto em nosso sistema solar, mas todos estão apenas de passagem, como é o caso de Oumuamua, esse asteroide estrangeiro descoberto em 2017.
Como o 2015 BZ509 chegou até nós?
O CNRS explica que o asteroide teria sido de alguma forma “capturado” por Júpiter e preso em nossa galáxia.
O centro argumenta em particular que “A proximidade das estrelas quando o sistema solar se formou combinada com as forças gravitacionais dos planetas pode ter permitido que esses sistemas estelares atraíssem, removessem e capturassem asteroides uns dos outros. »
Se o caso de 2015 BZ509 for um verdadeiro primeiro, descobertas semelhantes podem se multiplicar nos próximos anos. Fathi Namouni e Helena Morais pensam ter identificado muitos outros asteróides estranhos ao nosso sistema solar, mas desta vez evoluindo numa órbita polar e perpendicular ao plano onde se situam as órbitas dos planetas.
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